Atendendo a pedidos, a cada atualização do blog, estarei reeditando no espaço "do Fundo do baú" algumas das matérias escritas por mim, enquanto colunista do Jornal Panorama Regional, nos anos de 2004 e 2005.Começo reeditanto matéria do da 17/01/05. Era uma poesia que havia feito em homenagem póstuma ao celular que tinha acabado de perder. Três anos depois, eis que a mesma matéria se mantém atual, uma vez que se fez recente a em minha vida a perda de novo celular, mais especificamente, durante o Cabofolia.
O PREÇO DE UMA AMIZADE
Estou entorpecido de alegria,
comprei um celular de alta tecnologia;
cheio de sacanagens,
daqueles que enviam mensagens;
um celular da pesada,
daqueles que identificam chamadas;
um celular na moral,
com câmera digital;
celular com diversas utilidades,
e inúmeras banalidades;
existe um detalhe porém,
não recebi telefonema de ninguém;
mensagem não pude enviar,
não tive para quem mandar;
ainda não gastei meu cartão,
não tive para quem fazer ligação;
não tirei foto, mas que ironia,
pois não tive companhia.
Oh, celular imbecil!
Gastei uma grana e você me traiu;
se soubesse que não falaria comigo,
teria comprado um amigo.
(poema criado em plena Terça-feira de Carnaval, durante um momento de "embriaguez" inspiratória, de um colunista frustrado pela perda de seu celular)
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