sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Jornal Panorama Regional: "Coluna Trocando uma idéia"
Tinha tempo que não me fazia presente nesta coluna! Ainda que pressionado pelos leitores, estava enrolado (ainda estou), com a monografia da pós, com o retorno ao trabalho, após o término de minhas férias e com os preparativos do Bloco Que Isso Aí? para o Carnaval, de forma que estava tentando postergar ao máximo meu período de descanso jornalístico. Mas confesso que não consegui,e por conta de algumas idiotices que às vezes escuto pela rua, e que me fizeram antecipar meu retorno, para realização de um desabafo.
Afinal, a pergunta que não quer calar, e que devemos fazer a nós mesmos: a Miguel Pereira que temos é a Miguel Pereira que tanto queremos?
Tão idiota quanto às besteiras que às vezes escuto é a resposta para a pergunta que fiz. Não, a Miguel Pereira que temos certamente não é a que queremos, e dificilmente um dia virá a ser, até porque, como pessoas apaixonadas por nossa cidade, queremos vê-la cada vez melhor, não ficando nunca satisfeitos com aquilo que temos, mas sim idealizando cada vez mais coisas para que ela possa ficar ainda melhor. Agora, se a Miguel Pereira que temos, não é a que queremos, o que cada um de nós tem feito por ela?
Eu saí da cidade com 19 anos, para fazer minha faculdade, fui formei, estudei, trabalhei em 7 Municípios de nosso Estado, e por simples questão de escolha, decidi voltar. Hoje, com 29 anos, estudo novamente, leciono, milito politicamente, sou gestor de um entidade em 9 anos tornou-se refência em tudo que propós a criar, no que concerne à oportunidades únicas de cultura, lazer e entretenimento à população, de forma que tenho muito orgulho de tentar fazer a minha parte, ainda que de forma modesta, pela Miguel Pereira em que nasci, cidade onde moram meus pais, cidade que escolhi morar, cidade onde quero que um dia meus filhos morem.
Lembro-me, em leitura do livro “ A origem dos meus sonhos”, que tem como autor o presidente estadunidense Barack Obama, que falando sobre a história de seu pai, queniano e também de nome Barack, contou que ele havia feito parte de um programa de intercâmbio para africanos, que tinham a oportunidade de fazer a faculdade em universidades americanas, mas que depois teriam a missão de retornar ao seu pais, trazendo conhecimento e ciência que pudessem ajudar no desenvolvimento do mesmo. Norteado por este exemplo, tenho a certeza de que é nossa missão, enquanto miguelenses é fazer nossa parte pelo nosso Município, não por motivo de bondade ou filantropia, mas porque temos um compromisso histórico com pais, avós, bisavós e todos os antepassados, que com muito suor e sacrifício fizeram sua parte para que nossa cidade possa ser o que hoje é.
Façamos a nossa parte, e deixemos de lado a pequenez das críticas dos que nunca se propuseram a nada! Não sou, não fui, e nunca serei bairrista, até porque tenho como exemplo grandes amigos e companheiros de militância, que ainda que não nascidos aqui, ou mesmo que não morando aqui, amam nossa cidade de coração, sempre contribuindo, através de idéias, ações, investimentos e principalmente carinho. Entretanto, é triste perceber a postura de alguns, que quando surgem na cidade, aparecem para críticar tudo e todos, muitas vezes posicionando-se como donos da verdade, pensando talvez serem colonizadores portugueses trazendo progresso a nós indígenas, ou talvez Prometeus trazendo fogo a nos mortais
Pior ainda é notar tal postura em algumas pessoas daqui e que se fazem presentes na cidade durante os 365 dias do ano, que muito sem movem nas fofocas dos calçadões, mais que jamais se moveram em ações pelo Município, exceto através de critiquices, idiotices ou baboseiras. Para estes “grandes miguelenses', que prestam grande “desserviço” à nossa sociedade, fica o conselho: Miguel Pereira: ame-a ou deixe-a!
e-mail e redes sociais: marquinhoj@ig.com.br
twitter: @marcosmagalhaes
site: www.blogdomagalhaes.blogspot.com
Marcos Magalhães é professor, graduado em Educação Fisica (UFRRJ), graduando de Direito (UFRRJ), pós-graduando em Gestão Pública (UNIRIO), presidente do Bloco Carnavalesco “Que Isso Aí?”, Ponto de Cultura do Estado do Rio de Janeiro
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário